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IFSP 2012
Tanto de meu estado me acho incerto, Que em vivo ardor tremendo estou de frio; Sem causa, juntamente choro e rio; O mundo todo abarco e nada aperto. É tudo quanto sinto um desconcerto; Da alma um fogo me sai, da vista um rio; Agora espero, agora desconfio, Agora desvario, agora certo. Estando em terra, chego ao Céu voando; Numa hora acho mil anos, e é de jeito Que em mil anos não posso achar uma hora. Se me pergunta alguém por que assim ando, Respondo que não sei; porém suspeito Que só porque vos vi, minha Senhora. (www.fredb.sites.uol.com.br/Iusdecam.htm) A leitura do poema permite afirmar que o eu lírico se sente
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UFRGS 2000
Leia o soneto a seguir, de Luís de Camões. Um mover de olhos, brando e piedoso, sem ver de qué; um riso brando e honesto, quase forçado, um doce e humilde gesto, de qualquer alegria duvidoso; um despejo quieto e vergonhoso; um desejo gravíssimo e modesto; uma pura bondade manifesto indício da alma, limpo e graciosa; um encolhido ousar, uma brandura; um medo sem ter culpa, um ar sereno; um longo e obediente sofrimento: Esta foi a celeste formosura da minha Circe, e o mágico veneno que pôde transformar meu pensamento. Em relação ao poema acima, considere as seguintes afirmações. I - O poeta elabora um modelo de mulher perfeita e superior, idealizando a figura feminina. II - O poeta não se deixa seduzir pela beleza feminina, assumindo uma atitude de insensibilidade. III - O poeta sugere o desejo erótico ao se referir à figura mitológica de Circe. Quais estão corretas?
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PUC-SP 2001
Tu só, tu, puro amor, com força crua Que os corações humanos tanto obriga, Deste causa à moiesta morte sua, Como se fora pérfida inimiga. Se dizem, fero Amor, que a sede tua Nem com lágrimas tristes se mitiga, E porque queres, áspero e tirano, Tuas aras banhar em sangue humano. Estavas, linda Inês, posta em sossego, De teus anos colhendo doce fruito, Naquele engano da alma ledo e cego, Que a fortuna não deixa durar muito, Nos saudosos campos do Mondego, De teus fermosos olhos nunca enxuito, Aos montes ensinando e às ervinhas, O nome que no peito escrito tinhas. "Os Lusíadas". obra de Camões, exemplificam o gênero épico na poesia portuguesa, entretanto oferecem momentos em que o lirismo se expande, humanizando os versos. O episódio de Inês de Castro, do qual o trecho acima faz parte, é considerado o ponto alto do lirismo camoniano inserido em sua narrativa épica. Desse episódio, como um todo, pode afirmar-se que seu núcleo central
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IFSP 2013
Leia o texto abaixo. Sem vós, ninfas do Tejo e do Mondego, Por caminho tão árduo, longo e vário! Vosso favor invoco, que navego Por alto mar, com vento tão contrário Que, se não me ajudais, hei grande medo Que o meu fraco batel se alague cedo. (www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000162.pdf. Acesso em: 04.12.2012.) A estrofe acima pertence ao canto VII d’Os lusíadas, de Luís Vaz de Camões. Nele, observamos a figura de linguagem denominada anástrofe, que consiste na mudança da ordem direta dos termos da oração. Assinale a alternativa em que se observa essa ocorrência.
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UNESP 2017
Leia o soneto “Alma minha gentil, que te partiste”, do poeta português Luís de Camões (1525?-1580), para responder à(s) questão(ões) a seguir. Alma minha gentil, que te partiste tão cedo desta vida descontente, repousa lá no Céu eternamente, e viva eu cá na terra sempre triste. Se lá no assento etéreo, onde subiste, memória desta vida se consente, não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste. E se vires que pode merecer-te alguma coisa a dor que me ficou da mágoa, sem remédio, de perder-te, roga a Deus, que teus anos encurtou, que tão cedo de cá me leve a ver-te, quão cedo de meus olhos te levou. Sonetos, 2001. Embora predomine no soneto uma visão espiritualizada da mulher (em conformidade com o chamado platonismo), verifica-se certa sugestão erótica no seguinte verso:
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UNIFESP 2016
Leia o soneto do poeta Luís Vaz de Camões (1525?-1580) para responder à(s) questão(ões). Sete anos de pastor Jacob servia Labão, pai de Raquel, serrana bela; mas não servia ao pai, servia a ela, e a ela só por prêmio pretendia. Os dias, na esperança de um só dia, passava, contentando-se com vê-la; porém o pai, usando de cautela, em lugar de Raquel lhe dava Lia. Vendo o triste pastor que com enganos lhe fora assi negada a sua pastora, como se a não tivera merecida, começa de servir outros sete anos, dizendo: “Mais servira, se não fora para tão longo amor tão curta a vida”. (Luís Vaz de Camões. Sonetos, 2001.) Uma das principais figuras exploradas por Camões em sua poesia é a antítese. Neste soneto, tal figura ocorre no verso:
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UNESP 2017
Leia o soneto “Alma minha gentil, que te partiste”, do poeta português Luís de Camões (1525?-1580), para responder à(s) questão(ões) a seguir. Alma minha gentil, que te partiste tão cedo desta vida descontente, repousa lá no Céu eternamente, e viva eu cá na terra sempre triste. Se lá no assento etéreo, onde subiste, memória desta vida se consente, não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste. E se vires que pode merecer-te alguma coisa a dor que me ficou da mágoa, sem remédio, de perder-te, roga a Deus, que teus anos encurtou, que tão cedo de cá me leve a ver-te, quão cedo de meus olhos te levou. Sonetos, 2001. No soneto, o eu lírico
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UNIFESP 2016
Leia o soneto do poeta Luís Vaz de Camões (1525?-1580) para responder à(s) questão(ões). Sete anos de pastor Jacob servia Labão, pai de Raquel, serrana bela; mas não servia ao pai, servia a ela, e a ela só por prêmio pretendia. Os dias, na esperança de um só dia, passava, contentando-se com vê-la; porém o pai, usando de cautela, em lugar de Raquel lhe dava Lia. Vendo o triste pastor que com enganos lhe fora assi negada a sua pastora, como se a não tivera merecida, começa de servir outros sete anos, dizendo: “Mais servira, se não fora para tão longo amor tão curta a vida”. (Luís Vaz de Camões. Sonetos, 2001.) De acordo com a história narrada pelo soneto,
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PUCRS 2013
Compare o poema de Camões e o poema “Encarnação”, leia as afirmativas que seguem e preencha os parênteses com V para verdadeiro e F para falso. Poema 1 Transforma-se o amador na cousa amada, por virtude do muito imaginar; não tenho, logo, mais que desejar, pois em mim tenho a parte desejada. Se nela está minha alma transformada, que mais deseja o corpo de alcançar? Em si somente pode descansar, pois consigo tal alma está liada. Mas esta linda e pura semideia, que, como o acidente em seu sujeito, assim coa alma minha se conforma, Está no pensamento como ideia; [e] o vivo e puro amor de que sou feito, como a matéria simples busca a forma. Poema 2 Carnais, sejam carnais tantos desejos, carnais, sejam carnais tantos anseios, palpitações e frêmitos e enleios, das harpas da emoção tantos arpejos... Sonhos, que vão, por trêmulos adejos, à noite, ao luar, intumescer os seios láteos, de finos e azulados veios de virgindade, de pudor, de pejos... Sejam carnais todos os sonhos brumos de estranhos, vagos, estrelados rumos onde as Visões do amor dormem geladas... Sonhos, palpitações, desejos e ânsias formem, com claridades e fragrâncias, a encarnação das lívidas Amadas! ( ) Os dois poemas falam mais sobre o sentimento do amor do que sobre o objeto amado. ( ) No poema de Camões, o amor figura-se no campo das ideias. ( ) Quanto à forma, os dois poemas são sonetos. ( ) O título “Encarnação” contém uma certa ambiguidade, aliando um sentido espiritual a um erótico. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
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UNIFESP 2016
Leia o soneto do poeta Luís Vaz de Camões (1525?-1580) para responder à(s) questão(ões). Sete anos de pastor Jacob servia Labão, pai de Raquel, serrana bela; mas não servia ao pai, servia a ela, e a ela só por prêmio pretendia. Os dias, na esperança de um só dia, passava, contentando-se com vê-la; porém o pai, usando de cautela, em lugar de Raquel lhe dava Lia. Vendo o triste pastor que com enganos lhe fora assi negada a sua pastora, como se a não tivera merecida, começa de servir outros sete anos, dizendo: “Mais servira, se não fora para tão longo amor tão curta a vida”. (Luís Vaz de Camões. Sonetos, 2001.) Do ponto de vista formal, o tipo de verso e o esquema de rimas que caracterizam este soneto camoniano são, respectivamente,
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ESPM 2017
[...] o professor e escritor português Helder Macedo, que, no ensaio Camões e a viagem iniciática, irá contestar a teoria da castidade do poeta Camões, argumentando que o autor Luís de Camões, à frente do seu tempo, teria, na verdade, procurado e desenvolvido uma nova filosofia na qual os valores até então inconciliáveis do homem (o corpo e a alma) pudessem, na sua poesia, finalmente se combinar. Ora, Camões estava, sim, inserido numa Europa quinhentista, que ainda apresentava como grandes ícones poéticos os renascentistas italianos Dante e Petrarca, que, como dissemos, eram defensores do amor não carnal e em cujos versos a figura feminina era via de regra vista como símbolo de pureza. Entretanto, se estes dois poetas aprovisionam o seu fazer poético de um caráter platônico indubitável (e não o fazem apenas na arte, mas também na vida, haja vista as biográficas paixões inalcançáveis que estes nutriam pelas mulheres que se tornariam as suas respectivas musas poéticas: Beatriz e Laura), a mesma certeza não se pode ter em relação ao poeta português. Isto porque viver na Europa quinhentista não faz necessariamente de Luís de Camões um quinhentista genuíno, no sentido ideológico e não temporal da palavra, não insere obrigatoriamente Camões no pensamento do seu tempo, a coadunar, parcial ou totalmente, com a visão de mundo vigente. E serão estas duas possibilidades, estes inegociáveis estar e não estar camonianos em sua época, que provocarão as dubiedades semânticas que podemos observar com frequência nas leituras críticas de sua poesia. Marcelo Pacheco Soares, Camões & Camões ou Pede o desejo, Camões, que vos leia. . Baseando-se estritamente no ponto de vista teorizado no texto acima (e não no sentido amplo da obra camoniana), Camões poderia ser vinculado a uma das definições abaixo, que caracterizam períodos da História da Literatura. Assinale-a:
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ESPM 2017
[...] o professor e escritor português Helder Macedo, que, no ensaio Camões e a viagem iniciática, irá contestar a teoria da castidade do poeta Camões, argumentando que o autor Luís de Camões, à frente do seu tempo, teria, na verdade, procurado e desenvolvido uma nova filosofia na qual os valores até então inconciliáveis do homem (o corpo e a alma) pudessem, na sua poesia, finalmente se combinar. Ora, Camões estava, sim, inserido numa Europa quinhentista, que ainda apresentava como grandes ícones poéticos os renascentistas italianos Dante e Petrarca, que, como dissemos, eram defensores do amor não carnal e em cujos versos a figura feminina era via de regra vista como símbolo de pureza. Entretanto, se estes dois poetas aprovisionam o seu fazer poético de um caráter platônico indubitável (e não o fazem apenas na arte, mas também na vida, haja vista as biográficas paixões inalcançáveis que estes nutriam pelas mulheres que se tornariam as suas respectivas musas poéticas: Beatriz e Laura), a mesma certeza não se pode ter em relação ao poeta português. Isto porque viver na Europa quinhentista não faz necessariamente de Luís de Camões um quinhentista genuíno, no sentido ideológico e não temporal da palavra, não insere obrigatoriamente Camões no pensamento do seu tempo, a coadunar, parcial ou totalmente, com a visão de mundo vigente. E serão estas duas possibilidades, estes inegociáveis estar e não estar camonianos em sua época, que provocarão as dubiedades semânticas que podemos observar com frequência nas leituras críticas de sua poesia. Marcelo Pacheco Soares, Camões & Camões ou Pede o desejo, Camões, que vos leia. . Baseando-se no texto, pode-se afirmar que:
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UESPI 2012
Filho do Classicismo português, Luís Vaz de Camões sofreu influência de vários autores da Antiguidade. Quanto aos escritores que foram lidos e que terminaram por formar o gosto classicista do poeta lusitano, podemos incluir: 1. Virgílio. 2. Horácio. 3. Padre Antônio Vieira. 4. Petrarca. 5. Carlos Magno. Estão corretas apenas:
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IFSP 2013
São características das obras do Classicismo:
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ESPM 2017
[...] o professor e escritor português Helder Macedo, que, no ensaio Camões e a viagem iniciática, irá contestar a teoria da castidade do poeta Camões, argumentando que o autor Luís de Camões, à frente do seu tempo, teria, na verdade, procurado e desenvolvido uma nova filosofia na qual os valores até então inconciliáveis do homem (o corpo e a alma) pudessem, na sua poesia, finalmente se combinar. Ora, Camões estava, sim, inserido numa Europa quinhentista, que ainda apresentava como grandes ícones poéticos os renascentistas italianos Dante e Petrarca, que, como dissemos, eram defensores do amor não carnal e em cujos versos a figura feminina era via de regra vista como símbolo de pureza. Entretanto, se estes dois poetas aprovisionam o seu fazer poético de um caráter platônico indubitável (e não o fazem apenas na arte, mas também na vida, haja vista as biográficas paixões inalcançáveis que estes nutriam pelas mulheres que se tornariam as suas respectivas musas poéticas: Beatriz e Laura), a mesma certeza não se pode ter em relação ao poeta português. Isto porque viver na Europa quinhentista não faz necessariamente de Luís de Camões um quinhentista genuíno, no sentido ideológico e não temporal da palavra, não insere obrigatoriamente Camões no pensamento do seu tempo, a coadunar, parcial ou totalmente, com a visão de mundo vigente. E serão estas duas possibilidades, estes inegociáveis estar e não estar camonianos em sua época, que provocarão as dubiedades semânticas que podemos observar com frequência nas leituras críticas de sua poesia. Marcelo Pacheco Soares, Camões & Camões ou Pede o desejo, Camões, que vos leia. . Ainda segundo o texto:
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MACKENZIE 2009
TEXTO Reinando Amor em dois peitos, tece tantas falsidades, que, de conformes vontades, faz desconformes efeitos. Igualmente vive em nós; mas, por desconcerto seu, vos leva, se venho eu, me leva, se vindes vós. Camões Assinale a alternativa CORRETA acerca do texto.
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UNIFESP 2016
Leia o soneto do poeta Luís Vaz de Camões (1525?-1580) para responder. Sete anos de pastor Jacob servia Labão, pai de Raquel, serrana bela; mas não servia ao pai, servia a ela, e a ela só por prêmio pretendia. Os dias, na esperança de um só dia, passava, contentando-se com vê-la; porém o pai, usando de cautela, em lugar de Raquel lhe dava Lia. Vendo o triste pastor que com enganos lhe fora assi negada a sua pastora, como se a não tivera merecida, começa de servir outros sete anos, dizendo: “Mais servira, se não fora para tão longo amor tão curta a vida”. (Luís Vaz de Camões. Sonetos, 2001.) Uma das principais figuras exploradas por Camões em sua poesia é a antítese. Neste soneto, tal figura ocorre no verso:
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ENEM 1998
Amor é fogo que arde sem se ver; é ferida que dói e não se sente; é um contentamento descontente; é dor que desatina sem doer; É um não querer mais que bem querer; é solitário andar por entre a gente; é nunca contentar-se de contente; é cuidar que se ganha em se perder; É querer estar preso por vontade; é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata lealdade. Mas como causar pode seu favor nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor? Luís de Camões O poema tem, como característica, a figura de linguagem denominada antítese. Ela se faz claramente presente em
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UFRGS 1999
Leia o soneto abaixo, de Luís de Camões. Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer; É um não querer mais que bem querer; É solitário andar por entre a gente; É nunca contentar-se de contente; É cuidar que se ganha em se perder; É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence o vencedor; É o tempo que nos mata lealdade. Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é meu Amor? Com relação ao soneto acima, considere as seguintes afirmações. I. Vale-se de uma forma relativa para definir o amor. II. Constrói-se sobre antíteses. III. Constrói-se sobre metonímias que remetem à mulher amada. Quais estão corretas?
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UFV 2011
Leia o soneto abaixo, de Luís de Camões: Eu cantarei de amor tão docemente, Por uns termos em si tão concertados, Que dois mil acidentes namorados Faça sentir ao peito que não sente. Farei que amor a todos avivente, Pintando mil segredos delicados, Brandas iras, suspiros magoados, Temerosa ousadia e pena ausente. Também, Senhora, do desprezo honesto De vossa vista branda e rigorosa, Contentar-me-ei dizendo a menor parte. Porém, para cantar de vosso gesto A composição alta e milagrosa, Aqui falta saber, engenho e arte. (CAMÕES, Luís de. Lírica. São Paulo: Cultrix, 1997. p. 107.) É CORRETO afirmar que o soneto acima é metalinguístico porque o eu lírico:
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